quarta-feira, 17 de abril de 2019

UM MUNDO ANTICRISTÃO


“Alguém diz:
- Sou judeu! - E ninguém se comove.
Se diz:
- Sou romano! – Ninguém treme.
Se diz:
- Sou grego; bárbaro; escravo; liberto - ninguém se agita.
Mas se diz:
- Sou Cristão! – O mundo inteiro estremece”.
Texto egípcio de autor desconhecido datado do ano 200 d.C.



Durante os últimos 3 séculos, o XVIII, XIX e o XX, o ocidente e a fé cristã foram hegemônicos no mundo. No começo do século XX, na sua primeira década, o cristianismo contava com 34% da população mundial, era a maior religião do mundo somado suas três vertentes principais: Católica, Ortodoxa e Protestante. A maioria dos países pensavam de uma forma cristã ou influenciados por ela. Mas isto é passado.
Atualmente (2019) a religião cristã está sofrendo um retrocesso, tanto internamente como externamente, de acordo com o relatório do instituto de pesquisa americano Pew Research Center o percentual de cristãos caiu para 31% (dados de 2017). Países onde a população era de maioria cristã, hoje se confessam de maioria ateus ou sem religião como é o caso da Suécia e a República Tcheca. O Islamismo cresce graças a alta natalidade das famílias islâmicas. A ONU através do Conselho de Direitos Humanos incentiva políticas anticristãs.
Rumamos para um mundo anticristão. Mas antes de mais nada, eu devo afirmar que de acordo com a própria fé cristã exposta nos textos do Novo Testamento, o mundo sempre foi anticristão.
No Evangelho de João, Jesus falando aos discípulos afirma:

“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim” (João 15:18).

Ou seja, antes de odiar aos cristãos e o cristianismo o mundo odiou o próprio Cristo. E esse ódio passou aos primeiros discípulos, os apóstolos, isso já começou na antiguidade com os judeus, com os gregos, os romanos, os bárbaros e etc... Sempre em algum momento da história houve manifestação de ódio aos cristãos e ao cristianismo.

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando (I Pedro 4:12-13).

Não é para o cristão autentico se surpreender, se alarmar, estranhar o fato de ser perseguido por sua fé neste mundo, isto faz parte de ser cristão. Porque se participamos com Ele em seus sofrimentos, também participaremos com Ele em sua glória.

Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno (I João 5:19).

O apóstolo João alertava aos crentes de seu tempo que o mundo inteiro estava e está debaixo do poder do diabo.
Todavia os cristãos de certo modo abraçaram ao hedonismo, o pensamento segundo qual diz que a busca da felicidade e o prazer é a finalidade da vida. A Teologia da Prosperidade que permeia o meio evangélico brasileiro é um exemplo disso. Isto deixou os cristãos, em especial o evangélico brasileiro, despreparado para a oposição que há de enfrentar futuramente e que já se manifesta tenuamente nos dias de hoje.
Nós cristãos temos que entender que nada de bom surge do mundo, ainda que tenha a aparência de bom. No final das contas o que está no mundo, nos faz é ficar distantes de Deus.

Não ameis o mundo, nem as coisas que no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente(I João 2:15-17).

Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tiago 4:4).

O mundo que está aí com os seus sistemas de valores, pensamentos e coisas é inimigo de Deus, o mundo é anticristão.