O FIM DO MUNDO
Uma analise de duas vertentes históricas
Uma analise de duas vertentes históricas
O fim do mundo é tema de várias
culturas, há, por exemplo, o Ragnarok ou o crepúsculo dos deuses que seria o
fim do mundo de acordo com os Vikings.
Porém quero olhar para o fim do
mundo de acordo com duas vertentes do mundo antigo: a pagã e a cristã.
Os pagãos ao final do Império
Romano acreditavam que o seu mundo estava acabando por causa das invasões bárbaras
e por isso empregaram o termo carpem die que significa “aproveitem o dia”.
Ou seja, o mundo está se acabando então vamos aproveitar os últimos momentos,
vamos comer, beber, farrear, transar, vamos dar vazão a todos os nossos desejos
porque não haverá amanhã.
- Os deuses nos abandonaram e nos
entregaram a destruição pelos povos bárbaros – diria um romano pagão na época.
Há um quadro pintado em 1863 por
Thomas Cole intitulado “The Course of Empire Destruction” que retrata bem isso.
Nesse quadro vemos a cidade de Roma em chamas, as estátuas dos deuses destruídas,
as pessoas correndo desesperadas, barcos lotados em chamas, o céu escuro.
Então se esse é o futuro que nos
espera por que trabalhar, ser honesto, ser uma pessoa melhor? Era uma
perspectiva pessimista do futuro.
(clique na imagem para amplia-lá)
Por outro lado temos a perspectiva
cristã. Os cristãos ao final do Império Romano também acreditavam que o mundo
estava acabando e por isso empregavam o termo PAROUSIA que significa “chegada
ou vinda” numa alusão a segunda vinda de Cristo. O mundo está acabando porque
Jesus Cristo está voltando, ele vem para trazer o juízo final e reinar sobre toda a
Terra, então vamos nos purificar, vamos louvar, vamos orar, vamos nos tornar
melhores para recebermos o Rei dos reis.
Há vários quadros representando a
mesma cena, Jesus voltando entre as nuvens com uma legião de anjos a cercá-lo. Alguns
têm pessoas louvando, outros têm anjos tocando trombetas, mas a temática é a
mesma.
De acordo com as profecias bíblicas
a dor cessaria, o pranto seria enxugado e o paraíso chegaria. Era uma
perspectiva otimista do futuro.
Assim temos duas perspectivas do
fim do mundo, a pagã e a cristã, que ainda hoje reverberam na nossa sociedade,
fazendo com que as pessoas procurem ou “curtir” o mundo ou fazer dele um lugar
melhor.