segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O amor faz parte da equação geral do Universo

Eraldo Luis P. Gasparini

Assisti um filme sensacional num avião a 10.000 metros de altitude num voo entre Lisboa e Brasília. O filme foi "O Homem do Futuro" com o ator Wagner Moura. Ri muito e refleti muito, relembrei minhas lições de Física, Teoria da Relatividade, Física Quântica, a questão do paradoxo temporal numa viagem no tempo fazendo surgir uma realidade paralela onde outros eventos históricos se sucedem. Isso certamente acabaria com a minha profissão de historiador, porque o passado estaria sempre se arranjando e de repente não seria Colombo a descobrir a América, mas o chinês Shing Lee, enfim...
Mas não é está a questão que eu gostaria de abordar, mas a frase moto do filme que é "o amor faz parte da equação geral do universo". Isso me saltou aos olhos, pois de fato é o fato de sermos ou não amados que nos faz realizar o que realizamos.  A frase ficou redundante, né?! Mas, continuando... a possibilidade de o amor ser uma componente da equação geral do Universo me é muito sugestiva, já que os físicos quânticos afirmam ser a consciência uma componente do Universo, ou nas palavras do físico norte-americano Wheeler: "Não somos observadores no Universo, somos participadores. Sem consciência, o mundo não existe! O Universo gera a consciência e a consciência dá significado ao Universo". E por que não colocar também o amor???
Que Universo vazio e sem vida seria este se não houvesse o amor, um Universo de estrelas, matérias e partículas, mas frio e indiferente. Mas não me refiro ao amor sexuado transmitido pelas mídias, mas o amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, o amor que é paciente, que é bondoso, que não maltrata,  que não procura seus interesses, não se ira, não guarda rancor.
Este amor sim dá significado ao Universo.

sábado, 10 de agosto de 2013

CONSUMISMO



“Nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo a nossa forma de vida, que convertamos a compra e uso de bens em rituais, que busquemos nossa satisfação espiritual, nossa satisfação do ego, no consumo... Nós precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior”.
Victor Lebow 
Economista e Analista de vendas, consultor do 
governo norte-americano em meados dos anos 1950



O Consumismo é mais que uma ideologia capitalista, é  uma forma satânica de levar a vida. É culto e adoração à Mamom (riqueza), é buscar a satisfação espiritual nas coisas materiais. Obviamente alguém está lucrando com isso e não somos nós que trabalhamos feitos loucos, corremos atrás dos dinheiro para termos coisas que logo estragarão e nos deixarão na mão. Esquecemos da família, dos amigos, de nós mesmos, só para termos as coisas, esperando que ao obtê-las tenhamos a felicidade. Felicidade esta que dura até ao próximo lançamento, até aquilo que adquirimos estragar. 
   

quarta-feira, 7 de agosto de 2013




FEMISMO E A MANIPULAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE UMA NOVA SOCIEDADE

A nova conjuntura no ocidente aponta para o FEMISMO. O femismo é a doutrina que defende a supremacia do sexo feminino, que considera o sexo masculino inferior. Para o femismo, a libertação da mulher só virá quando a mulher inverter a lógica do patriarcado, construindo uma espécie de sociedade matriarcal, aonde as mulheres detenham o poder. Esse pensamento começou a tomar forma, após a queda do regime comunista no mundo. Tendo o capitalismo se tornado hegemônico, sem nenhum sistema para contrapô-lo, só restava então ao mesmo dominar o mundo. Porém, um entrave surgiu no horizonte: as sociedades tradicionais, com seus valores firmados no bem estar do grupo e num modelo conservador de sociedade. O que caracteriza as sociedades tradicionais é, além dos costumes e valores, o seu sistema patriarcal, ou seja, baseado na figura masculina. Característica essa das sociedades indianas, africanas e muçulmanas. Sociedades tradicionais atrapalham a proliferação do capitalismo, dificultam a criação das propriedades privadas; os produtos consumidos são somente para a subsistência; tem uma relação mais íntima e respeitosa com a terra que atrapalha a agroindústria que visa o abastecimento do mercado.
Como alternativa foi proposto por organismos internacionais que o poder fosse compartilhado, dividido com as mulheres, já que cerca de metade da população mundial é do sexo feminino. Dados de meados da década de 1990 mostravam que os homens ocupavam cerca de 80% dos cargos de liderança. Nada mais justo do que compartilhar esse poder com as mulheres. Isso é pelo que o movimento feminista sempre lutou a igualdade entre os sexos. O feminismo não deve ser confundido com o femismo. Também por volta dessa década um novo discurso se fez ouvir, o de que as mulheres deviam tomar o poder e construir uma nova sociedade, uma sociedade baseada no poder feminino, uma sociedade  “matriarcal”.
O sistema capitalista viu nas mulheres um excelente meio para propagar os seus ideais. Já foi comprovado que as mulheres são muito mais competitivas. Também são muito mais consumistas. As Organizações Rockefeller e a Fundação FORD são patrocinadoras do movimento feminista nos Estados Unidos e em várias partes do mundo. Por que essas fundações ligadas a grandes empresas teriam interesse na agenda feminista?  A não ser...  
As mulheres entre serem mães preferem investir em suas carreiras, a taxa de fertilidade nos países europeus gira em torno de 1,8 filhos por casais. Isto está gerando um desequilíbrio, nesses países o sistema previdenciário está em colapso, pois não há uma nova geração para repor os trabalhadores que se aposentam.
O fio condutor desse matiz nos levará a uma sociedade, como a proposta por Aldous Huxley em seu livro “Admirável Mundo Novo”, onde os seres humanos serão fabricados em úteros artificiais para atender as demandas das grandes corporações.   E como bem vaticinou C S Lewis será a abolição (anulação) do homem (e da mulher também).

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A BÍBLIA POLITICAMENTE CORRETA

Eraldo Luis Pagani Gasparini

Há algum tempo ministrei uma aula sobre a “Bíblia politicamente correta” e achei por bem expressar a minha opinião sobre o assunto. Darei o meu parecer como historiador nesse caso, pois não sou teólogo.

A primeira coisa que devemos entender é que o termo “Politicamente Correto” surgiu em meados da década de 70 e 80 do século XX no Ocidente, ou seja, Europa e Estados Unidos da América. Este termo está relacionado aos movimentos sociais que buscavam combater a discriminação quer de raça, gênero ou orientação sexual. Isso é importante frisar, pois até então a Bíblia era considerado um livro sagrado pertencente a humanidade, bem como uma fonte histórica. Contudo na evolução desse movimento entendeu-se que a Bíblia era à base de muitas discriminações, principalmente de sexo. E partindo desse pressuposto começaram a combater tais citações, aparentemente, “politicamente incorretas” na Bíblia. Esse movimento tendo alcançado as instituições teológicas, principalmente na Europa e Estados Unidos começaram a produzir aquilo que foi denominado como “Bíblia politicamente correta”, com a alteração dos textos em que se havia a supremacia do sexo masculino ou de teor racista.

A Bíblia pode ser considerada um livro sagrado, mas também é uma fonte histórica, colocar uma tradução que se adapte ao mundo contemporâneo é um anacronismo. É como alterar a Odisseia de Homero ou Otelo de Willian Shakespeare. Esses livros contêm muitas passagens que podem ser consideradas politicamente incorretas. Todavia como fonte histórica demonstram a cultura, os medos, os anseios, os costumes, os valores, os ideais de uma parcela da humanidade em determinada época. Negar ou alterar isso é desconstruir o presente, passar que o que somos agora sempre fomos no passado, é negar as lutas de centenas de pessoas que passaram pela história para chegar onde chegamos.

A Bíblia é o que é, se uma pessoa quer seguir os ensinos contidos nela é uma opção desta pessoa. Alterar o conteúdo da Bíblia é uma ingerência de uma minoria intelectual sobre algo que não lhe diz respeito. O que se quer na verdade é construir uma nova realidade, uma nova sociedade pela manipulação de suas instituições, tradições e herança cultural. Se querem abandonar o Cristianismo que o abandonem, mas não o transformem naquilo que ele não é.