Eraldo Luis P. Gasparini
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023
O CRISTÃO E A POLÍTICA NO BRASIL
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
Separação entre Igreja e Estado e a política brasileira
Durante a Reforma
Protestante, os reformadores lutaram pela separação entre Igreja e Estado,
entre política e religião. Calvino, por exemplo, ensinou que, embora ambos os
regimes fossem de origem divina, se deveria preservar a distinção entre eles. A
Igreja não deveria se misturar ao Estado. A Igreja não poderia se intrometer nos
assuntos do Estado, nem este se intrometer nos assuntos daquela.
Me vejo decepcionado
com o meio cristão evangélico nestas últimas eleições presidenciais (2022) onde
pastores falaram de púlpito que quem vota em Lula é do diabo. Os pastores sendo
candidatos a cargo públicos já é coisa de praxe, porém nesta última eleição as
coisas extrapolaram o limite do bom senso, inflamaram uma espécie de “guerra
santa” a todos que não votassem em Bolsonaro.
Isto é terrível,
pois contrasta com o espírito da Reforma Protestante que buscou aquele mesmo
sentimento contido nos evangelhos “daí a César o que é de César e a Deus o que
é de Deus” (Mateus 22:21).
Historicamente
falando toda vez que a Igreja de Cristo se envolveu em política dois fatos
aconteceram, primeiro ela caiu em descrédito, segundo ela apostatou da fé. Os
Monges se retirando para os desertos e montanhas foi uma reação a Igreja que
havia se aliado ao Império Romano. Os Menonitas com suas comunidades rurais apartadas
foi uma tentativa de manter puro o evangelho. É lógico que muitas ações podem ser
contestadas, mas o espírito é o de que a religião não deve se meter na
política.
O que estou querendo dizer não é que o cristão não pode participar da política. O cristão como cidadão deve participar da política, mas o que não deve ser feito é usar o púlpito como palanque eleitoral para promover este ou aquele candidato. Se o cristão evangélico quiser fazer política partidária, o deve fazer fora das cercanias da Igreja.
Culto não é comício, púlpito não é palanque, pregação não é discurso político.
Porém um espírito mundano se apoderou dos rincões evangélicos, um sentimento faccioso e intolerante se fez surgir no meio cristão evangélico.
E eu vejo isso com
muita lástima e tristeza, percebendo também que não posso fazer nada, pois os ânimos
estão inflamados e as pessoas tomadas pela emoção. A única coisa que posso
fazer é escrever estas palavras e orar a Deus para que Ele tenha misericórdia
de nós.
segunda-feira, 5 de setembro de 2022
SEMELHANÇAS ENTRE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E DO REINO DE PORTUGAL
quarta-feira, 11 de maio de 2022
AVIVAMENTO METODISTA E AÇÃO SOCIAL
“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? ” (Tiago 2:14-16).
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
O FUTURO DA IGREJA CRISTÃ PARA A SEGUNDA METADE DO SÉCULO XXI
A palavra prognóstico é originária do grego e é junção de pró = antes + gnose = conhecimento, assim prognóstico é o conhecimento antecipado de algo. Na medicina, prognóstico é usada para dizer sobre o futuro de uma doença, por exemplo: a pessoa está com catarata nos olhos e o prognóstico é que, caso não faça a cirurgia, ficará cega em 8 meses. O prognóstico parte dos fatos presentes e aponta as consequências futuras desses fatos.
Analisando a realidade em que vivemos hoje, os processos políticos que tem sido desenvolvido pelo mundo afora, a censura de pensamento através do politicamente correto, o desenvolvimento dos movimentos feministas e LGBT, apontam que num futuro não muito distante (cerca de 20 a 30 anos) a fé cristã será perseguida.
É claro que isso é um prognóstico que só leva em consideração os fatos presentes, caso apareça alguma variável pelo caminho isso poderá mudar.
Mas o que eu quero aqui é deixar o meu alerta à Igreja de Cristo, aos cristãos, para que se preparem para o que há de vir. Em vários países, diga-se de passagem ocidentais, cristãos tem sido processados por levarem as pessoas ao evangelho. Eles tem usado o termo “coerção” religiosa para justificar seus atos, fazendo da conversão a fé, um ato de coação, de coerção de uma pessoa. Na Inglaterra há várias notícias de pastores que foram presos por pregar na rua e dizer que homossexualismo é pecado. Em todas as vezes, os denunciantes alegaram que eles estavam promovendo “discurso de ódio”. Grupos feministas na Europa tem invadido Igrejas Católicas semi-nuas e tem urinado nos altares em “forma de protesto”.
A maioria dessas notícias podem ser conferidas com uma pequena pesquisa no Google, mas o que acontece é que elas não são divulgadas na grande mídia e quando divulgadas são relatadas como uma pequena nota.
Em contraste a isto, muçulmanos fecham bairros onde são maioria e decretam a Sharia sobre eles. Estes bairros de muçulmanos na Europa são chamados como “Area No Go” (traduzindo seria algo como Área sem Acesso) e por lá nem a polícia entra. Nessas áreas ou bairros de muçulmanos na Europa, as mulheres são tratadas como seres inferiores, os homossexuais são agredidos e enxotados, aqueles que são ateus são silenciados. E os governos desses países europeus que se dizem defensores dos direitos humanos não os criminalizam alegando que a população deve aceitar as diferenças religiosas, porque o contrário seria prática de discriminação e racismo.
Não nos atendo as contradições do sistema, a cada dia que passa a fé cristã tradicional, com seus princípios bíblicos, é criminalizada. Devagar e paulatinamente são feitas leis que ferem os princípios bíblicos e transformam a sua prática e seu discurso em crime.
Na Europa, a maioria das igrejas protestantes ou evangélicas tem assimilado esses valores e propagado-os em seus púlpitos. Vários países da Europa que eram de maioria cristã, hoje se tornaram de maioria sem religião.
Embora eu esteja falando da Europa, isto tem se alastrado pelo mundo inteiro, pelas Américas, pelo Brasil. Já há leis no Brasil que são claramente antibíblicas e que podem ser usadas para criminalizar igrejas e cristãos. Esse processo é irreversível, pois tem o apoio de várias organizações mundiais como a União Europa, a ONU e outras.
O meu aviso é: preparem-se cristãos! Preparem-se para terem que defender sua fé com prejuízo a si mesmos. Estejam prontos, pois num futuro próximo os cristãos autênticos terão que encarar a perseguição e a prisão por causa de sua fé.